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O que é e como definir o CNAE correto para a sua empresa?

O que é e como definir o CNAE correto para a sua empresa?

Última atualização:

14/05/2024
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A Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) representa um sistema essencial de organização e categorização das variadas atividades econômicas desempenhadas por empresas e empreendedores individuais. Além de ser uma ferramenta crucial para a tributação e a análise estatística do mercado, a CNAE é aplicável a qualquer agente econômico envolvido na produção de bens ou na prestação de serviços.

Em outras palavras, ela identifica com precisão tanto os produtos fabricados, quanto as mercadorias vendidas e os serviços oferecidos, proporcionando uma compreensão e gestão das atividades econômicas em diversos contextos.

A CNAE, é um sistema padronizado que identifica e organiza as atividades econômicas em setores, subgrupos, divisões e classes. Cada empresa ou empreendimento individual é atribuído a um código CNAE composto por sete dígitos, que indica a atividade econômica principal exercida. É importante ressaltar que uma única empresa ME pode ter mais de uma CNAE, permitindo a definição de uma atividade primária e outras secundárias, desde que relacionadas.

A CNAE é uma referência nacional para empresas tanto públicas quanto privadas, além de profissionais autônomos e organizações sem fins lucrativos. Essa classificação é essencial para a obtenção do Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), visando aprimorar a gestão tributária e coibir possíveis práticas fraudulentas.

Para os empreendedores, a escolha adequada da CNAE é crucial, pois determina não apenas os impostos a serem pagos, mas também o enquadramento tributário, sindical e a possibilidade de desoneração da folha de pagamento. Assim, a correta definição da CNAE contribui significativamente para uma gestão tributária mais eficiente e conforme com a legislação vigente.

Com sua origem em 1994, por meio de uma iniciativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua criação foi motivada pela necessidade de padronizar a classificação das atividades econômicas em todo o território nacional, substituindo os diversos sistemas utilizados anteriormente.

O objetivo era melhorar a qualidade das informações estatísticas: Com um sistema único de classificação, os dados sobre a economia brasileira se tornaram mais comparáveis e confiáveis, facilitando análises e estudos econômicos. A padronização da classificação das atividades econômicas permitiu ao governo federal ter uma ferramenta mais precisa para identificar e fiscalizar as empresas, contribuindo para o aumento da arrecadação de tributos e para uma gestão fiscal mais eficiente.

Ao longo dos anos, a CNAE passou por diversas atualizações e aprimoramentos para acompanhar as mudanças na estrutura da economia brasileira, sendo amplamente utilizada por diversos órgãos públicos e privados, como a Receita Federal, o IBGE, as Secretarias de Estado e bancos.

O CNAE desempenha um papel crucial na identificação da atividade econômica de uma empresa ou profissional. Ao atribuir um código específico a cada ramo de atividade, ele influencia diretamente a classificação fiscal, as obrigações tributárias e o acesso a benefícios e regimes especiais. Essa classificação não apenas ajuda na organização interna das empresas, mas também facilita para as autoridades fiscais e regulatórias entenderem e acompanharem as atividades econômicas em curso.

Além disso, o CNAE serve como uma ferramenta fundamental para a organização da informação. O IBGE utiliza esse sistema para categorizar e organizar dados sobre a economia brasileira. Isso inclui informações cruciais, como o Produto Interno Bruto (PIB) e o número de empresas em cada setor. Esses dados estatísticos são essenciais para a formulação de políticas públicas e tomadas de decisão econômica em níveis federal, estadual e municipal.

Para microempreendedores individuais (MEI), a escolha da CNAE é ainda mais crucial, pois determina não apenas a tributação, mas também os limites de faturamento e as atividades permitidas. Já para empresas optantes pelo Simples Nacional, a CNAE influencia diretamente na alíquota e nos impostos a serem pagos. Por isso, é importante compreender sua importância e aplicá-la corretamente na gestão do negócio.

Composto por níveis hierárquicos, a CNAE proporciona uma estrutura detalhada para categorizar as atividades econômicas, desde os setores mais amplos até as atividades específicas realizadas por empresas e empreendedores individuais, esses níveis são:

Seções: Grupos distintos, as seções representam os grandes conjuntos de atividades econômicas, como Agricultura, Indústria, Comércio, Serviços, entre outros.

Divisões: Dividindo as seções em grupos mais específicos, as divisões fornecem uma categorização mais detalhada. Por exemplo, na seção “Agricultura”, as divisões podem ser Pecuária, Silvicultura, Pesca e Aquicultura entre outros.

Grupos: Subdividindo as divisões em atividades ainda mais detalhadas, os grupos oferecem uma segmentação mais precisa. Por exemplo, dentro da divisão “Agricultura e Pecuária”, podemos ter o grupo de “Cultivo de Grãos, Leguminosas e Oleaginosas”, entre outros.

Classes: Representando atividades econômicas homogênea. Por exemplo, dentro do grupo “Cultivo de Grãos, Leguminosas e Oleaginosas”, encontramos a classe “Cultivo de Soja”.

Subclasses: Este é o nível mais detalhado da CNAE, utilizado principalmente pela Administração Pública. Por exemplo, a classe “Cultivo de Soja” pode ser subdividida em subclasses como “Cultivo de Soja em Sequeiro” e “Cultivo de Soja Irrigado”.

Como já vimos acima o CNAE desempenha o papel de categorização de serviços prestados por empresa e empreendedores sua aplicação impacta diretamente no funcionamento e desenvolvimento dos negócios. As principais maneiras que é utilizado são:

Tributação: A CNAE é crucial para a determinação do regime tributário e das obrigações fiscais das empresas. Cada atividade econômica possui alíquotas de impostos específicas, e a escolha da CNAE correta influencia diretamente o montante de tributos a serem pagos, bem como a possibilidade de adesão a regimes especiais de tributação.

Elaboração de estatísticas econômicas: A CNAE é uma ferramenta fundamental para a coleta e a análise de dados sobre a economia brasileira. Por meio dessa classificação, é possível categorizar e comparar as atividades econômicas realizadas por empresas e empreendedores.

Concessão de licenças e alvarás: Muitos órgãos governamentais utilizam a CNAE como critério para concessão de licenças e alvarás de funcionamento. A classificação adequada das atividades realizadas pela empresa é essencial para garantir a conformidade com as normas e regulamentações vigentes em cada setor.

Seu uso adequado não apenas facilita o cumprimento das obrigações legais, mas também contribui para o desenvolvimento sustentável dos negócios e da economia como um todo.

Incluir uma atividade econômica no CNPJ é um procedimento fundamental para quem desejam operar legalmente no Brasil. Esse processo envolve diversas etapas e considerações, garantindo que a empresa esteja devidamente registrada e em conformidade com a legislação vigente. Falaremos um pouco sobre o que deve ser feito para registrar um CNAE no seu CNPJ.

Escolha da atividade principal: O primeiro passo é escolher o código correspondente à atividade econômica principal da empresa. Esse código é selecionado a partir da CNAE e representa a principal área de atuação do negócio. É importante escolher um código que reflita com precisão as atividades desenvolvidas pela empresa.

Definição das atividades secundárias: Além da atividade principal, é possível incluir atividades secundárias no CNPJ da empresa. Essas atividades secundárias são aquelas que complementam ou estão relacionadas à atividade principal e podem ajudar a empresa a diversificar suas fontes de renda. Assim como a atividade principal, as atividades secundárias também devem ser escolhidas a partir da CNAE.

Informação no momento da abertura do CNPJ: Ao abrir o CNPJ da empresa, é necessário fornecer as informações sobre a atividade econômica principal e, se for o caso, as atividades secundárias. Essas informações são inseridas no momento do preenchimento do formulário de inscrição e são fundamentais para a correta identificação da empresa junto aos órgãos governamentais.

Atualização posterior: Caso haja alterações nas atividades desenvolvidas pela empresa ao longo do tempo, é importante atualizar as informações no CNPJ. Isso pode ser feito por meio de uma alteração cadastral, que deve ser comunicada à Receita Federal e pode ser realizada tanto de forma presencial quanto pela internet, por meio do portal do governo.

Verificação da compatibilidade com a legislação: Antes de incluir uma atividade econômica no CNPJ, é fundamental verificar se ela está em conformidade com a legislação vigente, incluindo regulamentações específicas do setor e exigências tributárias.

Incluir, uma atividade econômica no CNPJ é um processo importante e necessário para empresas. Seguindo os passos adequados e garantindo a conformidade com a legislação, é possível garantir que a empresa esteja devidamente registrada e em condições de operar legalmente no mercado.

Quando temos um negócio, e de extrema importância fazer a classificação econômica correta, para garantir todas as normas tributárias, regulamentações e evitar dores de cabeça futuras. Para realizar essa identificação de forma eficaz e precisa, é necessário seguir alguns passos e considerações:

Consulta à tabela de CNAE: A primeira etapa consiste em consultar a tabela de CNAE, disponibilizada pelo IBGE (https://cnae.ibge.gov.br/). Ao pesquisar na tabela, é importante analisar cuidadosamente as descrições de cada código para identificar aquele que melhor representa as atividades desenvolvidas pela empresa.

Avaliação das atividades desenvolvidas: É essencial fazer uma análise detalhada das atividades realizadas pelo seu negócio para determinar qual código de CNAE é mais apropriado. Isso inclui considerar não apenas a atividade principal da empresa, mas também eventuais atividades secundárias ou complementares que também devem ser classificadas.

Consultar um contador: E de extrema importância consultar uma contabilidade ou assessoria tributária para obter orientação na identificação da classificação econômica mais adequada para o negócio. Esses profissionais possuem conhecimento especializado sobre as regulamentações tributárias para garantir a escolha correta do código CNAE.

Ao seguir esses passos, é possível garantir que o negócio esteja devidamente categorizado e em conformidade com as exigências legais.

Modificar o ramo de atividade de uma empresa, bem como incluir ou excluir atividades secundárias é uma prática comum. No caso de microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP), essa alteração requer uma modificação no contrato social, geralmente conduzida pelo contador da empresa. Esta mudança implica em ajustar o contrato, indicando a nova atividade principal ou realizando inclusões e exclusões de atividades secundárias conforme necessário. Diversos motivos podem motivar essa mudança:

Evolução das atividades da empresa: À medida que a empresa cresce, suas atividades comerciais podem se transformar, com a introdução de novos produtos ou serviços e a descontinuação de outros. Nesses casos, é fundamental atualizar a CNAE para refletir com precisão as atividades em curso.

Expansão ou diversificação: Empresas que buscam ampliar suas operações ou diversificar suas áreas de atuação podem necessitar de uma nova CNAE para cada uma dessas novas atividades. Por exemplo, uma empresa que inicialmente oferecia serviços de consultoria pode decidir iniciar operações de comércio de produtos.

Requisitos específicos: Em algumas situações, a alteração da CNAE pode ser necessária para atender a requisitos específicos, como a busca por benefícios fiscais ou a participação em programas governamentais que exigem uma classificação específica.

Distinguir a CNAE do Código de Serviços é essencial para compreender a estrutura e o funcionamento de uma empresa. Embora ambos desempenhem papéis importantes na gestão e tributação do negócio, cada um tem sua própria função e aplicação específica.

Como já vimos, o CNAE é um sistema de classificação padronizado que identifica e agrupa as atividades econômicas realizadas pela empresa, por diferentes setores, divisões, grupos, classes e subclasses, proporcionando uma estrutura organizada para entender sua área de atuação.

Já o Código de Serviços identifica os serviços específicos prestados pela empresa. Enquanto a CNAE se concentra na atividade econômica em geral, o Código de Serviços fornece uma classificação mais detalhada dos serviços oferecidos pela empresa. Por exemplo, uma empresa de consultoria empresarial pode ter um Código de Serviços específico para consultoria em gestão financeira, outro para consultoria em marketing e assim por diante. Esses códigos são importantes para a correta tributação dos serviços prestados, além de auxiliarem na análise e na compreensão das receitas geradas pela empresa.

Portanto, a distinção entre CNAE e Código de Serviços é crucial para uma gestão eficiente e uma conformidade tributária adequada. Enquanto a CNAE classifica a atividade econômica geral da empresa, o Código de Serviços fornece uma classificação mais detalhada dos serviços prestados, garantindo uma precisão na gestão e tributação do negócio.

Em um cenário econômico cada vez mais dinâmico e complexo, o CNAE é uma ferramenta indispensável para empresas. Ao proporcionar uma estrutura organizada e padronizada para categorizar as atividades econômicas. A compreensão e a correta aplicação da CNAE são essenciais para diversos aspectos da vida empresarial, desde a tributação adequada até a análise estratégica do mercado. A escolha criteriosa da classificação econômica de uma empresa pode influenciar diretamente seu regime tributário, seu acesso a benefícios fiscais e até mesmo sua competitividade no mercado.

Portanto, cabe aos empreendedores e gestores dedicarem a devida atenção à seleção e atualização da CNAE de suas empresas, garantindo assim uma gestão mais eficiente e uma adequada conformidade legal. Ao compreender e utilizar adequadamente essa ferramenta, as empresas estarão mais bem preparadas para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que o mundo dos negócios oferece.

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